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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Uma Espia na Casa do Amor, de Anaïs Nin


Sabina é uma esposa adúltera e uma mulher que traz consigo a luxúria por onde quer que passe. Vive constantemente dividida entre o conforto do lar, o conforto dos braços do seu marido e amigo Alan, onde se sente protegida e em segurança e a necessidade de ser livre, de estar com outras pessoas que a arrebatam da monotonia que é o seu casamento.

"Podia sair do meu eu comum e da minha vida vulgar para assumir seres e vidas múltiplas (...)." p.134

Ao longo de todo o livro, Sabina divide-se em múltiplas personagens que exibe aos homens com quem se envolve. Para o marido, é a mais pura e virtuosa esposa,  uma talentosa atriz que se ausenta com frequência nas diversas e inexistentes viagens provocadas pelo seu inexistente papel em tantas peças.  Para todos os outros homens, ela é uma femme fatale, a mulher que passa na rua e que todos desejam conhecer.


 "Olhou para o céu e viu o rosto de John  (...), os olhos de Mambo dizendo "Tu não me amas" (...) e Philipp (...) desaparecendo em frente do rosto pensativo e desviado de Alan. O céu inteiro era uma manta de olhos e bocas a brilhar sobre ela, o ar estava cheio de vozes, ora gritos roucos vindos do espasmo sensual, ora vozes meigas de gratidão, ora duvidosas e ela teve medo porque a Sabina não existia, não UMA, mas uma imensidade de Sabinas (...)" p. 110

Apesar do seu envolvimento físico com vários homens, Sabina nunca permanece com eles demasiado tempo. A dada altura começa a sentir-se perseguida e vigiada (devido à vida dupla que leva) e o medo de ser descoberta pelo seu marido, o medo que este a veja como ela realmente é e o medo de perder a segurança dos braços dele fazem com que ela regresse rapidamente para casa. A protagonista sente-se culpada e vai expondo os seus receios, os seus demónios ao longo do livro.

"Sou culpada de vários amores, de muitos amores em vez de um só"p. 136

Uma Espia na Casa do Amor é como Sabina se sente sempre que se envolve sexualmente com um homem que não é o seu marido. Ela é-nos descrita como uma mulher insegura e que apenas quer ser amada, mas também como uma mulher que necessita desesperadamente deste equilíbrio na sua vida, pois sem ele não sobrevive. 

"Algum choque frustrou-a e fê-la perder a confiança num amor único. Dividiu-os como medida de segurança. (...) A mobilidade no amor tornou-se uma condição para a sua existência." p.140

Uma Espia na Casa do Amor, de Anaïs Nin, Nova Vega, 2013

Beijinhos literários...
R&A


sábado, 14 de fevereiro de 2015

Príncipes e Princesas Disney visitam o Quarto Vermelho da Dor


Eu sei... já ninguém suporta o filme, o livro, os protagonistas, as criticas, as referências...

Só se vê 50 Sombras por toda a parte, a internet foi invadida por este fenómeno, as livrarias colocam os livros em destaque, os cinemas estão lotados pelas pessoas que compraram os bilhetes com dois meses de antecedência, as sexshops estão a vender imensos artigos inspirados nos objectos utilizados pelos protagonistas e até as lojas de bricolage foram surpreendidas pelo aumento absurdo de vendas de cordas e braçadeiras...

Até os príncipes e princesas dos contos de fadas da nossa infância decidiram fazer uma visitinha ao Quarto Vermelho da Dor do moço...lá o outro... 

Aqui ficam 3 princesas que costumavam ser tão ingénuas e atinadas e agora, devido às más influências do Sr. Grey, nunca mais serão vistas da mesma forma... ;)


A Bela e o Monstro


A Bela Adormecida

A Princesa e o Sapo

Estas imagens foram publicadas originalmente no site DeviantArt por um artista que prefere manter-se anónimo e foram trazidas a público pela Cosmopolitan, site onde podem ver as restantes imagens, que são mais atrevidas ainda (ai ai... nunca mais vou pensar na Ariel da mesma forma... vão espreitar! ;) ).

Beijos com más intenções ...
R&A



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Porque amanhã é dia dos Namorados...

... não vou sair de casa... vou ficar enfiada debaixo dos cobertores o dia inteiro, à espera que chegue dia 15.

Vá lá... quem é que inventou o dia dos namorados?? Por que é que não se lembraram do dia dos solteiros, por exemplo? Ou do dia dos amigos coloridos? 

Mas agora a sério... todos nós procuramos a nossa alma gémea  (não digam que não, sabem bem que é verdade, embora dificilmente consigamos admiti-lo), mas sabem por que o fazemos?

Na obra de Platão, O Banquete, é-nos apresentada uma justificação para esta necessidade de procurarmos sempre mais do que aquilo que temos.  De acordo com Aristófanes, no inicio do mundo existiam seres andróginos (filhos da Lua), que reuniam num único ser o masculino (filho do Sol) e o feminino (filho da Terra). Estes seres tinham uma forma circular e, como castigo por terem tentado ocupar o Olímpo, foram castigados pelos deuses que os cortaram ao meio. Cada metade passou a sentir-se incompleta, fraca e dependente da necessidade de encontrar a outra metade. Desde então, o amor mútuo passou a ser inato à espécie humana, que, segundo Aristófanes, procura reconstruir sua unidade a partir da metade perdida[1].  Desta forma, o ser humano está condenado a sofrer de solidão, até encontrar a metade que o complete, ou seja, a sua alma gémea. Só a fusão de duas almas pode tornar o ser humano pleno. Ainda hoje, os seres humanos passam grande parte da sua vida à espera de encontrar a sua alma gémea, a outra metade que os completa e realiza.
[1] Ana Lúcia Nogueira Braz “Origem e significado do amor na mitologia greco-romana”, p.7


E pronto... Bom Dia dos Namorados para todos ;)

Beijos românticos
R&A




segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O Erotismo está a chegar a Taiwan


Já todos conhecemos o Salão Erótico de Lisboa e o Erosporto. O nosso querido eusouassim está a preparar a Feira Erótica do Alentejo e agora o erotismo vai chegar também a Taiwan.

À semelhança do que já existe actualmente na Coreia do Sul (e estou a referir-me à Jeju Loveland), a Romantic Boulevard será um parque ao ar livre com diversas esculturas atrevidas (como eu ;) ).

O tema principal é... adivinhem lá... está quente ... está quase a ferver... acertaram!! É o sexo! Mas não fiquem já excitados, porque, ao contrário do Salão Erótico e similares, este Parque não é interactivo. O máximo que poderão fazer, além de apreciar as belas esculturas, será tirar fotografias nas posições que desejaram (atenção aos contorcionismos que podem provocar dores desnecessárias) com as esculturas...

O que já não é mau, visto que as esculturas são muito giras. 

Segundo fontes bastante fidedignas, a Romantic Boulevard será criada nos moldes da Jeju Loveland. Aqui ficam algumas esculturas para imaginarem que tipo de parque será ;)









Todas as imagens foram retiradas daqui.



Beijinhos com más intenções,
R&A


domingo, 8 de fevereiro de 2015

“Despreocupado, mas não Indiferente”


Erotique Voilée, 1933 by Man Ray

In 1933, Man Ray made a series of photographs using the artist Meret Oppenheim as a model. In this series, entitled Erotique Voilée, Oppenheim stands nude behind an enormous printing press wheel, her left arm, which is covered with ink, held up to her forehead. The left hand and arm are soiled and impure, but her gesture maintains an ambiguity between the warding off of further insults and a proud display of her stain. 

As a representation of a female artist in the role of a model, made by a male artist, Man Ray's photograph is at the center of a knot of considerations which entangle gender dynamics within Surrealism. In this enigmatic photograph, Oppenheim's eyes are downcast, half her face in the shadow of her ink-covered arm, which gestures palm out at the viewer. Around her neck is a simple black hoop that appears to be made of rubber or some similar material. Her pubic region is obscured by a blatantly phallic wooden handle which protrudes from the printer's wheel in front of her. 

The work is representative of the ongoing dynamic between men and women in Surrealism. 





Observo a mesma desconstrução na peça, talvez a mais emblemática de Ray, The Gift (1921), onde, ao ferro de engomar, objecto do quotidiano, representando o universo feminino, suave, se acrescentam algumas tachas (pequenos falos) na base, subvertendo a função do objecto, que se transforma em algo agressivo, masculinizado. 


sábado, 7 de fevereiro de 2015

Mr. Grey...


Olhem para as imagens e digam-me, sinceramente, quem preferiam que fosse o famosíssimo Mr. Christian Grey?

Ian Somehalder
Daqui
 Matt Bomer
Daqui

Jamie Dornan
Daqui

"- Isso quer dizer que fazes amor comigo esta noite, Christian?
(...)
- Não Anastasia, não quer. Primeiro, eu não faço amor. Eu fodo ... a sério"

50 Sombras de Grey, E. L. James, Lua de Papel, 2012, pg.106/107


E já agora, passem por aqui e descubram 7 conselhos sexuais! (Aprender nunca é demais! :P).  Os meninos também! :P

Beijos quentes...neste Sábado gelado! ;)
R&A



quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

“Rendição", de Maya Banks

ADORO! 

É mesmo o meu género e vou comprá-lo de certeza!
Sim, sou maluca por livros eróticos... e com um trailer destes, podem censurar-me?? ;)

Beijos eróticos
R&A


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Art Goes Porn



Eduardo Menezes | Mondrian goes porn


Everson Klein | Vik Muniz goes porn


Fernando Leite | Andy Warhol goes porn


Fernando Togni | Tarsila goes porn


Guilherme Caon | Pablo Picasso goes porn


Lucas Levitan | Joan Miró goes porn


Marcelo Armesto | M.C. Escher goes porn


Marcelo Quinan | René Magritte goes porn


Rodrigo Pereira | Vincent van Gogh goes porn


Taise Kodama | Jean-Michel Basquiat goes porn


Vivian Dall’ Alba | Wassily Kandinsky goes porn



segunda-feira, 5 de janeiro de 2015